Escoteiros da Pátria

Homenagem aos “Escoteiros da Pátria” do Grupo Escoteiro Tabapuã

No dia 4 de novembro de 2014 a União dos Escoteiros do Brasil comemorou 90 anos de existência e, para celebrar esta data, vamos relembrar os fatores que levaram à criação da nossa Instituição e o fortalecimento e expansão do Movimento Escoteiro.

Em comemoração à essa história, foi lançado o livro “A União – A história da chegada do Escotismo ao Brasil e dos 90 anos da UEB”, do Radioescotista Antonio Boulanger, que conta com riqueza de detalhes toda a nossa caminhada.

Dentre os “Escoteiros da Pátria”, a mais alta distinção que um membro juvenil pode conquistar no Escotismo brasileiro, consta os seguintes nomes do G. E. Tabapuã – 154/SP:

Willian Melandi de Lima, condecorado no ano 1979,

Celso B. Bocci, condecorado no ano 1982,

Fabiana Curtopassi Pioker, condecorada no ano 1997.

Se você conhece mais um Escoteiro da Pátria do Tabapuã que aqui não esteja relacionado, nos informe, por favor.

Parabéns à todos.

73′ et SAPS!

Equipe de Rádio da PY2GET - Scout Amateur Radio Station

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Operações por Satélites

VOCÊ SABE OPERAR SATÉLITES.

Por PY2MXK, Mário Keiteris

Com este artigo pretendo abrir uma série sobre este tema ainda pouco conhecido pelos colegas radioamadores. Nessa óptica, entenda-se por comunicações espaciais a comunicação das estações do Serviço de Amador com astronautas radioamadores a bordo de naves espaciais ou transbordadores, o uso de satélites artificiais em órbita para retransmissão das suas emissões ou simples recepção de informação e o uso de corpos celestes como a lua como repetidores passivos.

Ainda este ano teremos oportunidade de possuir um repetidor na lua através de uma nave chinesa, segundo consta brevemente teremos um repetidor em Marte. Aguardem, a tecnologia avança rapidamente, tente acompanha-la.

Os satélites artificiais de comunicações podem ser geralmente agrupados em três tipos principais de acordo com os parâmetros da sua órbita em redor da terra. Assim sendo podemos classificá-los em satélites de baixa altitude com órbita quase circular, de alta altitude com órbita elíptica e os satélites geoestacionários.

As órbitas de baixa altitude, tal como o seu próprio nome indica situam-se entre 335 Kilometros e os 40.000 Kilometros. Os satélites neste tipo de órbita descrevem um movimento circular em volta da terra atraída pela gravidade do planeta com poucas variações de altitude em relação a terra. Desta forma estes dispositivos dão várias voltas ao mundo por dia passado sempre por cima de regiões diferentes já que se afastam algumas dezenas ou centenas de Kilometros em relação aos pontos em terra por baixo de si na passagem anterior.

Nas órbitas de alta altitude, os satélites para além desse movimento circular em volta do planeta ainda exibem uma outra particularidade que é o movimento elíptico, ou seja, cada movimento de rotação tem um ponto de maior afastamento e outro de maior proximidade em relação a terra.

Os satélites geoestacionários mantêm uma órbita fixa a cerca de 35.800 Kilometros acima do equador. Só é possível manterem-se 24 horas por dia nessa posição porque viajam precisamente à mesma velocidade do planeta e na mesma direção. A grande necessidade do seu uso obrigou a estabelecer-se uma cintura com 3º de longitude de separação obrigatória entre cada uma das posições pré-definidas para alojamento destes satélites usados sobretudo para ligações intercontinentais de rádio, televisão, telefone e outros tipos de comunicações. Até à presente data não há conhecimento de nenhum tipo possível de utilização de satélites geoestacionários no serviço de amador por satélite para comunicações.

Como vimos em relação aos satélites de órbitas quase circulares e elípticas a sua posição em relação ao solo varia com o tempo. Este fato torna a comunicação ou a simples recepção dos seus sinais somente possível quando não há impedimentos ou barreiras físicas na ligação com a estação terrestre, ( nomeadamente só quando o satélite se eleva acima do horizonte).

O conjunto de parâmetros usados para calcular a posição atual do satélite em relação ao ponto da terra onde se encontra a estação de solo denominam-se Elementos Keplerianos. Qualquer computador pessoal dispõe hoje de uma incrível variedade de programas ou aplicações informáticas mais ou menos sofisticadas e precisas para cumprir esta operação com sucesso na estação de radiocomunicações, o que torna fácil e acessível.

Associações de radioamadores que se dedicam a este tipo de comunicações como a AMSAT e organizações espaciais como a NASA, (entre outras entidades), fornecem e atualizam mesmo via Internet listagens de Elementos Keplerianos para programação dos sistemas caseiros de cálculo de posicionamento, tornando-se a única responsabilidade do radioamador a inserção esses dados no programa sempre que ache necessário fazê-lo.

Para se trabalharem os satélites que disponibilizam comunicações no serviço de amador por satélite as estações devem equipar-se com os meios adequados a fazerem uso dos repetidores ou instrumentação instalada a bordo. Correntemente, a maior parte das comunicações acessíveis destes satélites são sobretudo as retransmissões do sinal, seja este em telefonia ou nos modos digitais. Para esta operação, tal como acontece com as vulgares estações repetidoras terrestres, existe um canal de acesso e um de saída ou recepção. Estes canais são vulgarmente conhecidos como ” uplink ” (canal de subida) e ” downlink ” (canal de descida ).

Sendo o ideal possuir-se também uma forma de se receber o canal de descida em simultâneo, ( sobretudo para se poder escutar a própria emissão e dessa forma se corrigirem quaisquer eventuais defeitos como os desvios do efeito Doppler provocado por alguns fenômenos físicos comuns a todas comunicações espaciais).

Para facilitar tecnicamente esta tarefa, o canal de subida e o de descida estão em segmentos diferentes bandas situadas nas faixas de freqüências atribuídas ao serviço de amador por satélite. A correspondência entre freqüências nas duas bandas pode ser invertida ou não. Nas correspondências não invertidas sabemos que basta somar ou subtrair um número certo de MHz para acharmos o resultado certo dessa conversão.

Para nos deslocarmos dentro do segmento de operação desses satélites sabemos que deverá ser percorrido o mesmo espaço numa e noutra banda para tudo bater certo se não houver qualquer tipo de fenômeno que possa ser integrado nas exceções à regra. Vamos tomar com exemplo o fator de conversão de – 116,400 MHz. Se estivermos a emitir no canal de subida em 145,825 MHz devemos ir escutar a freqüência de 29,425 MHz para a resposta ou mesmo para monitorizarmos a nossa própria emissão.

Se nos deslocarmos depois para 145.850 MHz a freqüência de escuta para o canal de descida passa então para 29,450 MHz e assim sucessivamente. Usaremos neste caso como exemplo um canal de subida na freqüência de 145,825 MHz ao que corresponde um canal de descida em 435,225 MHz.

Se avançarmos para a freqüência de 145,850 MHz não teremos como correspondente o canal de descida em 435,250 MHz, como no exemplo anterior, mas de 435,200. A explicação advém de não haver uma conversão direta fixa de + 289,400 MHz, pois no canal de subida à medida que vamos aumentando a freqüência vamos diminuindo no canal de descida e vice-versa.

Nesta ordem de idéias chegamos á conclusão que na freqüência do centro da banda haverá aí sim uma diferença fixa de cerca de 289,300 MHz que vai aumentando à medida que nos deslocamos para os extremos da banda em qualquer das direções. Esta norma é valida quer para os casos em que a freqüência de descida é superior à de subida ou em caso contrário como no primeiro exemplo.

Quando as correspondências se invertem como no segundo exemplo, o efeito Dopller é mais fácil de controlar. Este fenômeno deve-se à velocidade de deslocação entre o satélite e a estação terrestre fixa sendo proporcional à freqüência do sinal. Nos casos das comunicações através de satélites com órbitas circulares ou elípticas este ligeiro desvio de freqüência é diferente consoante cada faixa de freqüências do serviço amador por satélite A diferença de freqüência está também relacionada com a altitude.

Em satélites de órbita elíptica o efeito de Doppler no apogeu é cerca de oito vezes menor do que se faz sentir no perigeu. Há ainda que ter em consideração este fator de desvio na freqüência tanto no canal de subida como no canal de descida. Para a operação dos satélites pelos radioamadores existem vários modos pré-definidos. Numa próxima oportunidade vamos ficar a conhecer alguns satélites e a sua forma de operação em particular.

Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, pôr agora despeço-me com um forte e cordial

73′ do Mário Keiteris / PY2MXK

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JT65B – Radioamadorismo a partir da Lua, como pode?

Para o final de 2014 esta previsto que os Radioamadores do mundo inteiro poderão ter a oportunidade de alcançar o melhor DX de sua vida, porque esta previsto que existirá um sinal no ar como JT65B e esse sinal será transmitido por uma nave orbitando a nossa lua.

Isto é coisa dos chineses… porque Beijing planeja enviar uma nave para a lua a 4M-LXS que transmitirá em 145.990 MHz. A nave é um dos modelos de prova da nave chinesa CHANG-E-5 que pousará na superfície lunar para recolher amostras diversas e regressar a Terra.

Este lançamento será no final de 2014 e se posicionará em uma orbita lunar, dando diversas volta ao redor da lua, fazer as provas oportunas e regressar a Terra num período de 9 (nove) dias, assim teremos pouco mais de uma semana para intentarmos captar o sinal da nave para o nosso valioso QSL do DX interplanetário.

Como sempre o Radioamadorismo está na vanguarda, e prestes a romper a barreira interplanetária!

Informou: PY2MXK – Mario Keiteris


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PROTEÇÃO INFANTOJUVENIL / CURSO DA UEB

Curso UEB de proteção infantojuvenil

Nada como garantir a segurança de nossas crianças, adolescentes e jovens, não é mesmo? É com esse objetivo que os Escoteiros do Brasil prepararam um curso de proteção infantojuvenil em formato EaD, disponível para toda a comunidade, sendo obrigatório para escotistas e dirigentes.

Os novos associados a partir de 18 anos necessitam realizar o curso para registrar-se na instituição em 2014. Os que irão apenas renovar os registros escoteiros em 2014, deverão, durante o ano de 2014, realizar o curso, habilitando-se para a renovação em 2015.

A iniciativa vai ao encontro da Resolução n.º 09/2013 do Conselho de Administração Nacional e faz parte da Política de Proteção Infantojuvenil da instituição.

Certificado Miro de Paula

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Radioamadorismo em foco

Toda vez que se passa por alguma casa e é avistada enormes torres com antenas instaladas, logo esse é um fato que normalmente intriga o leigo; O que é isso? Para que serve? Muitas vezes chega-se a conclusão de que é casa de radioamador que pratica o Radioamadorismo.

Porque é chamada de Radioamadorismo a prática em que um indivíduo cultiva manter uma estação de radiocomunicação com a finalidade de estabelecer contato com outras pessoas com equipamento similar, realizando comunicados, conversas informais, bem como um auxilio às autoridades da Defesa Civil nas situações de risco e calamidades públicas, levando as comunicações aos mais longínquos rincões, por exemplo, em locais desertos ou de mata fechada. O entusiasta desta prática recebe o nome de radioamador.

Existe também o Serviço de Rádio do Cidadão, ou PX como é conhecido, que continua sendo uma opção autorizada e simplificada, é um meio para conversar com os colegas de rádio, sem as exigências referentes ao Serviço de Radioamador.

A história do Radioamadorismo se inicia com os experimentos do padre brasileiro Roberto Landell de Moura e do italiano Guglielmo Marconi, que estabeleceram as primeiras transmissões de rádio no final do século XIX e início do século XX. Através de seu grande senso empresarial, Marconi fundou na Inglaterra uma empresa, The Marconi Company, e com investimentos de financistas, continuou seus experimentos e investigações. Já Roberto Landell de Moura jamais explorou comercialmente o seu trabalho.

Os radioamadores foram os pioneiros nas telecomunicações. Sempre com o propósito de aumentar o alcance da comunicação ou a eficiência do equipamento, contribuíam para a melhoria da tecnologia do setor. Os radioamadores foram os primeiros a demonstrar a grande utilidade das ondas curtas e foram também os pioneiros no uso do espectro das ondas de VHF e UHF.

Os radioamadores são ainda pioneiros no projeto de equipamentos de transmissão e recepção, empregando válvulas termiônicas à vácuo. O objetivo do radioamador é a intercomunicação, instrução pessoal e os estudos técnicos, sem fins lucrativos. De acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para se tornar um radioamador é necessária uma autorização, que depende da prévia verificação da capacidade operacional e técnica do interessado, observada através de exames.

Com base no resultado dos testes, o radioamador é incluído nas classes A, B, ou C . A Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador é documento obrigatório que autoriza a instalação e o funcionamento de estação de radioamador. Para a obtenção da licença deve-se comprovar o recolhimento de uma taxa para cada estação fixa, repetidora ou estação móvel. Além disso, deverão ser pagos os encargos referentes à execução do serviço e o direito da radiofreqüência.

Os Indicativos dos Radioamadores para que servem? Quando nos referimos à um radioamador, normalmente após o nome costumamos declinar seu indicativo. Mas… o que significa este indicativo? Para que serve?

Todos os paises do mundo possuem um indicativo para as telecomunicações determinados pela ITU – International Telecomunication Union, no caso do Brasil, foram designados os seguintes conjuntos de siglas: PPA a PYZ e de ZVA até ZZZ. Qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo que ouvir uma emissão de rádio cuja identificação for iniciada com PY saberá imediatamente que se trata de uma estação brasileira. Já o sufixo é formado por uma, duas ou três letras (por exemplo M X K). O sufixo serve para identificar aquela estação radioamadora no mundo inteiro.

É como uma espécie de “matrícula” ou CPF. O sufixo é único e particular, não podendo ser duplicado. E ele se refere à nossa estação de rádio, e não à pessoa que a opera. Porém na prática, ele (o indicativo) acaba por se confundir com o radioamador (a pessoa) que é a “proprietária” daquela estação em particular.

A numeração que aparece no prefixo vai de 1 ate 0, essa numeração representa cada estado brasileiro (por exemplo PY1 Rio de janeiro, PY2 São Paulo, PY3 Rio Grande do Sul, PY4 Minas Gerais) e assim em diante.

Como se formam os indicativos no Brasil? Por que (por exemplo PY2MXK)? Podemos escolher livremente a combinação de letras que desejarmos para o sufixo, desde que a mesma esteja vaga (sem uso) no banco de dados da ANATEL.

Portanto no meu caso, o indicativo e composto da seguinte forma: PY, por estarmos vivendo no Brasil, o numero 2 por estarmos vivendo no estado de São Paulo, e escolhemos na época uma combinação de 3 letras (M X K) que estava vaga e permanece ate os dias de hoje em meu poder.

Desta forma, quem escutar uma chamada com o prefixo P Y 2 M X K em qualquer dos modos autorizados (fonia, CW, digitais, …) sabe que a estação radioamadora que está no ar é brasileira, situada no estado de São Paulo e pertence ao operador M X K, Mário.

Contemporaneamente os radioamadores brasileiros comemoram o DIA DO RADIOAMADOR aos cinco dias do mês de novembro de cada ano. A fixação do dia cinco de novembro como o dia do radioamador foi em razão de que, nesta data, no ano de 1924, o Diário Oficial da União publicou, sob o nº 16.657, o Decreto que regulamentava as estações de radioamadores existentes no Brasil.

Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, por agora despeço-me com um forte e cordial

73′ do Mário PY2MXK

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